PUBLICAÇÕES

APRESENTAÇÃO DA EDITORA INCV

Ao longo dos anos a Imprensa Nacional de Cabo Verde tem-se dedicado à atividade editorial, presenteado a sociedade Cabo-verdiana com várias obras literárias nomeadamente compilações de jurisprudência e de legislações, como também obras de interesse e valor cultural e científica.

A missão da Editora INCV é contribuir para o incremento da produção literária nacional, promoção da cultura e difusão do conhecimento de modo a contribuir decisivamente para um melhor desenvolvimento social e profissional dos cabo-verdianos.

EDIÇÕES INCV

EDIÇÕES COM PARCEIROS

PRÉMIOS LITERÁRIOS

Com a criação de prémios literários a INCV homenageia destacadas personalidades do panorama cultural e simultaneamente, promove e incentiva a criação literária em língua portuguesa, acolhendo novos autores e dinamizando o panorama de trabalhos literários e consequentemente alargando a sua oferta editorial.

PRÉMIO LITERÁRIO ARNALDO FRANÇA

O Prémio Literário Arnaldo França, que já conta com 4 edições foi instituído em parceria pela Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV) e Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e tem como propósito a promoção da língua portuguesa e do talento literário em Cabo Verde, bem como homenagear a destacada figura da literatura e cultura cabo-verdiana, Arnaldo França. Com a instituição deste Prémio pretende-se selecionar trabalhos inéditos de grande qualidade, no domínio da prosa literária, redigidos em língua portuguesa, e da autoria de cidadão cabo-verdiano ou residente em Cabo Verde há mais de 5 anos.

De 1 de agosto a 30 de setembro

REGULAMENTO

Versão atual e implicada em concurso, consulte o Regulamento.

OBRAS VENCEDORAS

Sobre o autor – José Joaquim Cabral
O Cabo-verdiano José Joaquim Cabral é o vencedor da 4.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França, pelo seu trabalho Destino Aziago.

José Cabral é o vencedor da 4.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França O cabo-verdiano José Joaquim Cabral é o vencedor, por unanimidade do júri, da 4.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França, atribuído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda em parceria com a Imprensa Nacional de Cabo Verde. O romance Destino Aziago é o trabalho galardoado na 4.ª edição deste prémio dirigido a cidadãos cabo-verdianos (a residir em Cabo Verde ou no estrangeiro) ou residentes em Cabo Verde há mais de 5 anos. A edição de 2021 do Prémio Literário Arnaldo França contou com Manuel Brito-Semedo como presidente do júri, do qual fizeram também parte a professora Maria de Fátima Fernandes e Paula Mendes, a editora-chefe da Imprensa Nacional. Destino Aziago foi selecionado dentre 14 candidaturas. Pode ler-se na comunicação do júri que «a obra eleita (…) apresenta-se, em nota do autor, como o terceiro de uma série que tem como volume inaugural um clássico da literatura cabo-verdiana, Chiquinho de Baltasar Lopes (1947)». A propósito de Destino Aziago, o júri disse ainda tratar-se de uma obra que reflete sobre o «tema incontornável da diáspora cabo-verdiana» com uma «abordagem assinalável na construção sólida das personagens, no desenho emotivo da paisagem e na referência à história, cultura, tradições e dinâmica da sociedade cabo-verdiana, sobretudo são-nicolauense». Do ponto de vista didático-pedagógico, o júri realçou ainda que Destino Aziago «possibilita aos leitores a oportunidade de ter acesso a uma trilogia que fecha o ciclo iniciado por uma obra basilar da Literatura Cabo-Verdiana. Jovens e menos jovens leitores tomam, assim, conhecimento da história da terra cabo-verdiana, com o original feito de escrita a duas mãos, reconhecendo-se igualmente a dinâmica do percurso da identidade cabo-verdiana contemporânea pela chegada, através da ficção, de um dos períodos menos contemplados na historiografia literária nacional». Além dos 5 mil euros do valor pecuniário do prémio, José Joaquim Cabral, que concorreu com o pseudónimo Beto Zabel, deverá ver publicado ainda este ano o seu trabalho com a chancela das duas editoras públicas: Imprensa Nacional, de Lisboa, e Imprensa Nacional de Cabo Verde. José Joaquim Cabral nasceu em 1962 na ilha de São Nicolau, em Cabo Verde. Depois de concluir os estudos liceais no Mindelo, formou-se em Administração de Empresas, em 1990, no Brasil. Foi quadro do Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas, exerceu funções de direção no Instituto Nacional de Estatística, ocupando-se com questões de planeamento, ambiente e desenvolvimento no município de Tarrafal de São Nicolau. Atualmente exerce funções no Conselho de Administração da Escola do Mar. Passou ainda pelo Gabinete do Ministro do Mar, onde foi assessor. José Cabral tem os seguintes títulos publicados: Acushnet Avenue, romance, (2019); Caminho(s) que Trilharam, romance histórico (2014); Sodade de Nhâ Terra Saninclau I, II, III (2008, 2009, 2012) e Padre Gesualdo Fiorini, Italiano, de São Nicolau, cidadão, biografia, (2007). De recordar que o propósito da atribuição deste galardão literário é o da promoção da língua portuguesa e do talento literário em Cabo Verde, bem como homenagear a destacada figura da literatura e cultura cabo-verdiana Arnaldo França. Nas edições anteriores, o Prémio Literário Arnaldo França distinguiu as obras Beato Sabino, de Olavo Delgado Correia (vencedor 2018); O Sonho de Ícaro, de Onestaldo Gonçalves (menção honrosa 2018), Contos de Cabo Verde, de Benvindo Gomes Semedo (vencedor 2019) e Sul 1 de Jorge Otávio Soares Silva.

SOBRE ARNALDO FRANÇA

Arnaldo Carlos de Vasconcelos França
1925-2015
Praia, Cabo Verde

Licenciado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa, cedo se integrou no movimento literário Certeza, surgido em Cabo Verde em 1944.

Reconhecido poeta e ensaísta, académico que esteve na génese do ensino superior em Cabo Verde, Arnaldo França foi também um exímio crítico, investigador e historiador da literatura cabo-verdiana, tendo contribuído, de forma exemplar, para resgatar do esquecimento e valorizar escritores como Guilherme Dantas ou Evaristo de Almeida, entre outros.

Traduziu para o crioulo cabo-verdiano autores portugueses como Luís de Camões, Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen.
Dos vários ensaios literários que escreveu evidenciam-se os dedicados às obras de António Aurélio Gonçalves, Guilherme Dantas e Jorge Barbosa.

É autor, entre outras obras, de Notas sobre Poesia e Ficção Cabo-Verdianas (1962) e colaborou com a INCM na publicação da “Obra Poética”, de Jorge Barbosa.

JÚRI

Manuel Brito-Semedo
Presidente

Nasceu em São Vicente em 1952. É Doutor em Antropologia, Especialidade de Etnologia, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É Professor universitário, membro fundador da Academia das Ciências e de Humanidades de Cabo Verde, da Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa e da Associação de Escritores Cabo-verdianos.

Como escritor tem publicado: A Advocacia em Cabo Verde? Breve Historial (Pedro Cardoso Livraria, 2020); Morna: Música Rainha de nôs terra, coleção de 5 livros + CD (Ed. A Bela e o Monstro, Edições, 2019); Representação Social do Médico em Cabo Verde (Pedro Cardoso Livraria, 2018); Na Esquina do Tempo ? crónicas do Expresso das Ilhas (Ed. Expresso das Ilhas, 2017); Na Esquina do Tempo ? crónicas de Mindelo (Ed. Ponto & Vírgula, 2014); Na Esquina do Tempo ? crónicas de diazá (Ed. Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, 2009); A construção da Identidade Nacional ? análise da imprensa entre 1877 e 1975 (Ed. Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, 2006); A Morna-balada? O legado de Renato Cardoso (Ed. Instituto da Promoção Cultural, 1999); A colocação dos clíticos no Português em Maputo (Maputo, 1997); e Caboverdianamente Ensaiando, vols. I e II (Ed. Ilhéu Editora, 1995 e 1998). Organizou: Diário, de António Pedro, 2019; Jaime, Dramaturgo, Pintor e Ensaísta, 2017; Sôdad em 80 Poemas, 2017; Expresso das Ilhas, 100 Editoriais (2010-2017), 2017; Contos e Bosquejos, de Guilherme Dantas, 2016; O Manduco, Edição fac-similada do Jornal «O Manduco», 2016; Investigação Científica e Integração Regional. Realidade e Perspetivas, 2011; Pedro Cardoso: Textos Jornalísticos e Literários? Parte I, 2008; Memórias dum Pobre Rapaz, de Guilherme Dantas, 2007; e Não há Sol que Morra na Sombra do Poente? Homenagem a Manuel Duarte, 2006.

Por ocasião do 35.º Aniversário da Independência Nacional foi condecorado com a Medalha do Vulcão, 1.ª Classe. Em 2010 foi-lhe atribuído a Comenda Joãozinho da Goméia pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Manuel Brito-Semedo participa frequentemente em múltiplas atividades culturais, através dos meios de comunicação social. É autor do blogue Esquina do Tempo? Magazine Cultural Online, criado em 2010.

Maria de Fátima Fernandes

Nasceu em São Tomé e Príncipe, é filha de cabo-verdianos da Ilha do Fogo.

É Doutora em Letras – Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) pela Universidade de São Paulo, com a tese A expressão metafórica do sentido de existir na Literatura cabo-verdiana contemporânea: João Vário, Corsino Fortes e José Luís Tavares. É também Professora Auxiliar da Universidade de Cabo Verde? Faculdade de Ciências Sociais Humanas e Artes, onde exerce a docência das disciplinas de Introdução aos Estudos Literários, Percursos da Literatura Cabo-verdiana, Literatura Cabo-verdiana I e II, Literaturas africanas de Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa, Literatura Infantojuvenil; Leitura e Educação Literária e Culturas Lusófonas, entre outras.

Exerceu as funções de coordenadora da Licenciatura em Língua, Literatura e Cultura? Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses; Leitora do Instituto Camões no ex-Instituto Superior de Educação? de 1999 a 2002 e Vogal do Conselho Diretivo (2010-2013) do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade de Cabo Verde. Foi curadora da Biblioteca Nacional de Cabo Verde de fevereiro 2017 a outubro de 2018 e coordenadora da Linha de Investigação Leitura e Literatura Cabo-verdiana da Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa. Maria de Fátima Fernandes é membro da Fundação Amílcar Cabral e autora de comunicações sobre Literaturas lusófonas e Literaturas africanas de língua portuguesa em congressos e encontros nacionais e internacionais, entre as quais: O Fantástico na obra de Orlanda Amarílis, Rev. Pretextos? Nov.2007; A interpenetração das línguas e das literaturas na comunidade de língua portuguesa, Simpósio Internacional organizado pelo IILP, Mindelo, 2008; Tendências Estéticas: intercomunicação de olhares e Linguagens na Literatura Cabo-verdiana Contemporânea? Atas Simpósio Internacional Interpenetração da Língua e Culturas de/em Língua Portuguesa? IILP, julho 2010; O futuro da língua portuguesa no sistema mundial, Iª Conferência sobre o futuro da LP no sistema mundial, Brasília, março 2010, Gênero e Poder nas Literaturas Africanas de Língua Portuguesa? Atas do Seminário Internacional Mulheres e Literatura? Universidade de Brasília, 2011; Descobrir, Conhecer e Debater Cabo Verde: Cabo-verdianidade e representações estético-ideográficas na novíssima literatura cabo-verdiana, in Contraponto? Revista PUC? Minas, Brasil, nº2, 2012. Publicou: Percursos Estéticos e Identitários na Literatura Cabo-verdiana contemporânea, Praia, Liv. Pedro Cardoso: 2016.

Maria de Fátima Fernandes é ainda animadora de Leitura Literária em Escolas básicas e Secundárias e formadora de Leitores em contexto escolar.

Paula Mendes

Editora-chefe da INCM. Editora profissional com larguíssima experiência de edição e revisão de textos. Foi docente convidada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área da Revisão de texto. Licenciada e Mestre em Linguística e pós-graduada em Edição.

CALENDÁRIO

RECEÇÃO DE CANDIDATURAS
01 de agosto a
30 setembro 2023

As candidaturas são feitas exclusivamente on-line, utilizando o formulário disponível em: https://imprensanacional.pt/premios-literarios/premio-arnaldo-franca/

ANÚNCIO DO
VENCEDOR

90 dias após o fecho do período de candidaturas

A decisão do Júri será divulgada nos sítios institucionais da:
INCV – www.incv.cv
INCM – www.incm.pt e
https://imprensanacional.pt

FAQ

Promover a língua portuguesa e o talento literário em Cabo Verde; homenagear a destacada figura da literatura e cultura cabo-verdiana, Arnaldo França
Sendo a língua portuguesa um património comum a todos os seus falantes, cabe às Imprensas Oficiais de Cabo Verde e de Portugal, não só a sua preservação, como a sua promoção. Com a criação deste prémio pretende-se incentivar a criação literária cabo-verdiana bem como proceder à divulgação de trabalhos inéditos de grande qualidade, contribuindo para o enriquecimento cultural dos leitores de língua portuguesa.
Podem concorrer textos que reúnam cumulativamente as seguintes situações:
  • Textos originais e inéditos, do domínio da prosa literária, em língua portuguesa;
  • Textos cujos autores sejam cidadãos cabo-verdianos ou residentes em Cabo Verde há mais de 5 anos;
  • Textos que não tenham sido apresentados a nenhum outro concurso com decisão pendente;
  • Todos os textos que cumpram o estipulado no Regulamento do Prémio.
  • O trabalho, no momento de submissão da candidatura, deve estar identificado com o pseudónimo na capa. Não deve figurar em parte alguma do trabalho submetido a concurso qualquer identificação do candidato.
  • Só é permitida a submissão de trabalhos que se apresentem em ficheiros do tipo pdf, doc e docx com tamanho máximo de 10 MB
  • O candidato deve submeter no formulário, no campo para o efeito, as provas documentais, que devem conter obrigatoriamente a seguinte informação:
  • Identificação do concorrente: nome completo, morada, endereço de correio eletrónico e telefone de contacto;
  • Declaração, datada e assinada pelo concorrente, de que a obra apresentada a concurso é original e inédita, e não foi apresentada a nenhum outro concurso com decisão pendente.
  • Os documentos que fazem a prova documental devem ser enviados num único ficheiro comprimido.
As obras concorrentes devem ser apresentadas exclusivamente online, na fase em que as candidaturas se encontrem abertas. Durante a fase em que decorrem as candidaturas, os candidatos deverão submeter o seu trabalho através de candidatura online, utilizando o formulário disponível em: https://imprensanacional.pt/premios-literarios/premio-arnaldo-franca/ [em candidaturas].
O Prémio Literário Arnaldo França contemplará a edição da obra premiada, assim como uma componente pecuniária de 5000 € (cinco mil euros) a título de prémio. Eventuais menções honrosas poderão ser publicadas, se a editora assim o entender.
A escolha dos trabalhos distinguidos cabe ao júri designado pela INCM, que deliberará por unanimidade ou por maioria simples, tendo o Presidente do Júri voto de qualidade. O Júri do concurso reserva-se o direito de não escolher nenhuma das propostas apresentadas e das suas decisões não cabe recurso. O Júri é constituído por três elementos:
  • Manuel Brito-Semedo (Presidente);
  • Maria de Fátima Fernandes;
  • Paula Mendes.
As candidaturas decorrem de 01 de agosto a 30 de setembro de 2022. A decisão do Júri é divulgada, até 90 dias depois do fecho do período de submissão das candidaturas, nos referidos sítios institucionais da INCM e da INCV.
  • O trabalho, no momento de submissão da candidatura, deve estar identificado com o pseudónimo na capa. Não deve figurar em parte alguma do trabalho submetido a concurso qualquer identificação do candidato.
  • Só é permitida a submissão de trabalhos que se apresentem em ficheiros do tipo pdf, doc e docx com tamanho máximo de 10 MB.
  • O candidato deve submeter no formulário, no campo para o efeito, as provas documentais, que devem conter obrigatoriamente a seguinte informação:
  • Identificação do concorrente: nome completo, morada, endereço de correio eletrónico e telefone de contacto;
  • Declaração, datada e assinada pelo concorrente, de que a obra apresentada a concurso é original e inédita, e não foi apresentada a nenhum outro concurso com decisão pendente.x
  • Os documentos que fazem a prova documental devem ser enviados num único ficheiro comprimido.