APRESENTAÇÃO DA EDITORA INCV
Ao longo dos anos a Imprensa Nacional de Cabo Verde tem-se dedicado à atividade editorial, presenteado a sociedade Cabo-verdiana com várias obras literárias nomeadamente compilações de jurisprudência e de legislações, como também obras de interesse e valor cultural e científica.
A missão da Editora INCV é contribuir para o incremento da produção literária nacional, promoção da cultura e difusão do conhecimento de modo a contribuir decisivamente para um melhor desenvolvimento social e profissional dos cabo-verdianos.
PRÉMIOS LITERÁRIOS
Com a criação de prémios literários a INCV homenageia destacadas personalidades do panorama cultural e simultaneamente, promove e incentiva a criação literária em língua portuguesa, acolhendo novos autores e dinamizando o panorama de trabalhos literários e consequentemente alargando a sua oferta editorial.
PRÉMIO LITERÁRIO ARNALDO FRANÇA
De 2 de maio a 30 de junho, estão abertas as candidaturas à 8.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França. O galardão, instituído e promovido em parceria pela Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV) e pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), tem como propósito a promoção da língua portuguesa e do talento literário em Cabo Verde.
Podem concorrer ao Prémio textos originais e inéditos, no domínio da prosa literária, em língua portuguesa, cujos autores sejam cidadãos cabo-verdianos ou residentes em Cabo Verde há mais de 5 anos, que não tenham sido apresentados a nenhum outro concurso com decisão pendente e que respeitem o regulamento do concurso.
O Prémio Literário Arnaldo França contempla a edição da obra premiada, assim como uma componente pecuniária de 5000 € a título de prémio.
À semelhança da edição anterior, nesta 8.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França as candidaturas fazem-se exclusivamente online no site da Imprensa Nacional imprensanacional.pt/premios-literarios/premio-arnaldo-franca/.
Preside ao júri o Escritor e Professor Universitário Manuel Brito-Semedo. Maria de Fátima Fernandes, Professora Universitária, e Paula Mendes, Editora-chefe da Imprensa Nacional, são os dois outros elementos que compõem o júri do Prémio.
De recordar que, nas edições anteriores do Prémio Literário Arnaldo França, foram distinguidas as seguintes obras: Beato Sabino, de Olavo Delgado Correia, Contos de Cabo Verde, de Benvindo Gomes Semedo, Sul 1, de Jorge Octávio Soares Silva, Destino Aziago, de José Joaquim Cabral, O Sabor da Água da Chuva e Outras Memórias da Amiga Perfeita, de Joaquim Arena, Mata-me depois, de Evel Rocha, e Migrações, de Hélio Tavares. Foi ainda atribuída uma menção honrosa, em 2018, a O Sonho de Ícaro, de Onestaldo Gonçalves.
A decisão do júri será conhecida até 90 dias após o fecho das candidaturas e anunciada nos sites da Imprensa Nacional e da Imprensa Nacional de Cabo Verde.
Contactos
INCM| comunicacao@incm.pt
INCV | incv@incv.cv

REGULAMENTO
Versão atual e implicada em concurso, consulte o Regulamento.

SOBRE ARNALDO FRANÇA
Arnaldo Carlos de Vasconcelos França
1925-2015
Praia, Cabo Verde
Licenciado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa, cedo se integrou no movimento literário Certeza, surgido em Cabo Verde em 1944.
Reconhecido poeta e ensaísta, académico que esteve na génese do ensino superior em Cabo Verde, Arnaldo França foi também um exímio crítico, investigador e historiador da literatura cabo-verdiana, tendo contribuído, de forma exemplar, para resgatar do esquecimento e valorizar escritores como Guilherme Dantas ou Evaristo de Almeida, entre outros.
Traduziu para o crioulo cabo-verdiano autores portugueses como Luís de Camões, Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen.
Dos vários ensaios literários que escreveu evidenciam-se os dedicados às obras de António Aurélio Gonçalves, Guilherme Dantas e Jorge Barbosa.
É autor, entre outras obras, de Notas sobre Poesia e Ficção Cabo-Verdianas (1962) e colaborou com a INCM na publicação da “Obra Poética”, de Jorge Barbosa.
VENCEDOR
Hélio Tavares vence a 7.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França

O trabalho Migrações, da autoria do cabo-verdiano Hélio Tavares, conquistou a 7.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França, atribuído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) em parceria com a Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV).
Segundo as palavras do júri do Prémio, presidido pelo escritor e professor universitário Manuel Brito-Semedo, Migrações «entrelaça histórias individuais para explorar a luta por dignidade e sobrevivência, conectando realidades do Brasil e de Cabo Verde. As trajetórias refletem desafios universais da migração — preconceito, exclusão e resiliência — compondo um retrato de esperança e superação frente à adversidade. Com personagens densas e sensíveis, que estruturam a narrativa, a obra aborda também o embate entre democracia e opressão. Esse equilíbrio entre dimensão humana e relevância social confere à história uma força simbólica e universal».
Recorde-se que este Prémio Literário, dirigido a cidadãos cabo-verdianos ou a residir em Cabo Verde há mais de cinco anos, visa promover a língua portuguesa e o talento literário neste país africano, bem como homenagear Arnaldo França, figura destacada da literatura e cultura cabo-verdiana.
Além dos 5 mil euros que correspondem ao valor pecuniário do Prémio, Hélio Tavares terá o seu trabalho publicado pela editora pública portuguesa, a Imprensa Nacional.
Hélio Tavares nasceu a 10 de novembro de 1992 em Cabo Verde e reside atualmente em Braga, Portugal, onde se licenciou em Tecnologias de Informação e Comunicação pela Universidade Católica. É filho de um militar de carreira e de uma professora secundária e escritora que, desde cedo, lhe inspirou a paixão pela escrita e pela literatura.
«Foi com essa paixão que decidi candidatar-me ao Prémio Literário Arnaldo França, uma das distinções mais prestigiadas da literatura cabo-verdiana. Acredito que minha visão artística, que mistura tecnologia e literatura, reflete a minha vivência multicultural e o meu compromisso com o enriquecimento da cultura cabo-verdiana. Através da minha obra, espero contribuir para a preservação e valorização da nossa identidade coletiva», sublinha o autor de Migrações.
Contactos
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INCV | incv@incv.cv
JÚRI
Manuel Brito-Semedo
Presidente
Nasceu em São Vicente em 1952. É Doutor em Antropologia, Especialidade de Etnologia, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É Professor universitário, membro fundador da Academia das Ciências e de Humanidades de Cabo Verde, da Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa e da Associação de Escritores Cabo-verdianos.
Como escritor tem publicado: A Advocacia em Cabo Verde? Breve Historial (Pedro Cardoso Livraria, 2020); Morna: Música Rainha de nôs terra, coleção de 5 livros + CD (Ed. A Bela e o Monstro, Edições, 2019); Representação Social do Médico em Cabo Verde (Pedro Cardoso Livraria, 2018); Na Esquina do Tempo ? crónicas do Expresso das Ilhas (Ed. Expresso das Ilhas, 2017); Na Esquina do Tempo ? crónicas de Mindelo (Ed. Ponto & Vírgula, 2014); Na Esquina do Tempo ? crónicas de diazá (Ed. Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, 2009); A construção da Identidade Nacional ? análise da imprensa entre 1877 e 1975 (Ed. Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, 2006); A Morna-balada? O legado de Renato Cardoso (Ed. Instituto da Promoção Cultural, 1999); A colocação dos clíticos no Português em Maputo (Maputo, 1997); e Caboverdianamente Ensaiando, vols. I e II (Ed. Ilhéu Editora, 1995 e 1998). Organizou: Diário, de António Pedro, 2019; Jaime, Dramaturgo, Pintor e Ensaísta, 2017; Sôdad em 80 Poemas, 2017; Expresso das Ilhas, 100 Editoriais (2010-2017), 2017; Contos e Bosquejos, de Guilherme Dantas, 2016; O Manduco, Edição fac-similada do Jornal «O Manduco», 2016; Investigação Científica e Integração Regional. Realidade e Perspetivas, 2011; Pedro Cardoso: Textos Jornalísticos e Literários? Parte I, 2008; Memórias dum Pobre Rapaz, de Guilherme Dantas, 2007; e Não há Sol que Morra na Sombra do Poente? Homenagem a Manuel Duarte, 2006.
Por ocasião do 35.º Aniversário da Independência Nacional foi condecorado com a Medalha do Vulcão, 1.ª Classe. Em 2010 foi-lhe atribuído a Comenda Joãozinho da Goméia pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Manuel Brito-Semedo participa frequentemente em múltiplas atividades culturais, através dos meios de comunicação social. É autor do blogue Esquina do Tempo? Magazine Cultural Online, criado em 2010.
Maria de Fátima Fernandes
Nasceu em São Tomé e Príncipe, é filha de cabo-verdianos da Ilha do Fogo.
É Doutora em Letras – Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) pela Universidade de São Paulo, com a tese A expressão metafórica do sentido de existir na Literatura cabo-verdiana contemporânea: João Vário, Corsino Fortes e José Luís Tavares. É também Professora Auxiliar da Universidade de Cabo Verde? Faculdade de Ciências Sociais Humanas e Artes, onde exerce a docência das disciplinas de Introdução aos Estudos Literários, Percursos da Literatura Cabo-verdiana, Literatura Cabo-verdiana I e II, Literaturas africanas de Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa, Literatura Infantojuvenil; Leitura e Educação Literária e Culturas Lusófonas, entre outras.
Exerceu as funções de coordenadora da Licenciatura em Língua, Literatura e Cultura? Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses; Leitora do Instituto Camões no ex-Instituto Superior de Educação? de 1999 a 2002 e Vogal do Conselho Diretivo (2010-2013) do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade de Cabo Verde. Foi curadora da Biblioteca Nacional de Cabo Verde de fevereiro 2017 a outubro de 2018 e coordenadora da Linha de Investigação Leitura e Literatura Cabo-verdiana da Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa. Maria de Fátima Fernandes é membro da Fundação Amílcar Cabral e autora de comunicações sobre Literaturas lusófonas e Literaturas africanas de língua portuguesa em congressos e encontros nacionais e internacionais, entre as quais: O Fantástico na obra de Orlanda Amarílis, Rev. Pretextos? Nov.2007; A interpenetração das línguas e das literaturas na comunidade de língua portuguesa, Simpósio Internacional organizado pelo IILP, Mindelo, 2008; Tendências Estéticas: intercomunicação de olhares e Linguagens na Literatura Cabo-verdiana Contemporânea? Atas Simpósio Internacional Interpenetração da Língua e Culturas de/em Língua Portuguesa? IILP, julho 2010; O futuro da língua portuguesa no sistema mundial, Iª Conferência sobre o futuro da LP no sistema mundial, Brasília, março 2010, Gênero e Poder nas Literaturas Africanas de Língua Portuguesa? Atas do Seminário Internacional Mulheres e Literatura? Universidade de Brasília, 2011; Descobrir, Conhecer e Debater Cabo Verde: Cabo-verdianidade e representações estético-ideográficas na novíssima literatura cabo-verdiana, in Contraponto? Revista PUC? Minas, Brasil, nº2, 2012. Publicou: Percursos Estéticos e Identitários na Literatura Cabo-verdiana contemporânea, Praia, Liv. Pedro Cardoso: 2016.
Maria de Fátima Fernandes é ainda animadora de Leitura Literária em Escolas básicas e Secundárias e formadora de Leitores em contexto escolar.
Paula Mendes
Editora-chefe da INCM. Editora profissional com larguíssima experiência de edição e revisão de textos. Foi docente convidada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área da Revisão de texto. Licenciada e Mestre em Linguística e pós-graduada em Edição.
CALENDÁRIO
RECEÇÃO DE CANDIDATURAS
01 de julho a
31 agosto 2024
As candidaturas são feitas exclusivamente on-line, utilizando o formulário disponível em: https://imprensanacional.pt/premios-literarios/premio-arnaldo-franca/
ANÚNCIO DO
VENCEDOR
90 dias após o fecho do período de candidaturas
A decisão do Júri será divulgada nos sítios institucionais da:
INCV – www.incv.cv
INCM – www.incm.pt e
https://imprensanacional.pt
FAQ
- Textos originais e inéditos, do domínio da prosa literária, em língua portuguesa;
- Textos cujos autores sejam cidadãos cabo-verdianos ou residentes em Cabo Verde há mais de 5 anos;
- Textos que não tenham sido apresentados a nenhum outro concurso com decisão pendente;
- Todos os textos que cumpram o estipulado no Regulamento do Prémio.
- O trabalho, no momento de submissão da candidatura, deve estar identificado com o pseudónimo na capa. Não deve figurar em parte alguma do trabalho submetido a concurso qualquer identificação do candidato.
- Só é permitida a submissão de trabalhos que se apresentem em ficheiros do tipo pdf, doc e docx com tamanho máximo de 10 MB
- O candidato deve submeter no formulário, no campo para o efeito, as provas documentais, que devem conter obrigatoriamente a seguinte informação:
- Identificação do concorrente: nome completo, morada, endereço de correio eletrónico e telefone de contacto;
- Declaração, datada e assinada pelo concorrente, de que a obra apresentada a concurso é original e inédita, e não foi apresentada a nenhum outro concurso com decisão pendente.
- Os documentos que fazem a prova documental devem ser enviados num único ficheiro comprimido.
- Manuel Brito-Semedo (Presidente);
- Maria de Fátima Fernandes;
- Paula Mendes.
Imprensa Nacional de Cabo Verde
georgete.Semedo@incv.cv e liziane.monteiro@incv.cv
Imprensa Nacional-Casa da Moeda
- O trabalho, no momento de submissão da candidatura, deve estar identificado com o pseudónimo na capa. Não deve figurar em parte alguma do trabalho submetido a concurso qualquer identificação do candidato.
- Só é permitida a submissão de trabalhos que se apresentem em ficheiros do tipo pdf, doc e docx com tamanho máximo de 10 MB.
- O candidato deve submeter no formulário, no campo para o efeito, as provas documentais, que devem conter obrigatoriamente a seguinte informação:
- Identificação do concorrente: nome completo, morada, endereço de correio eletrónico e telefone de contacto;
- Declaração, datada e assinada pelo concorrente, de que a obra apresentada a concurso é original e inédita, e não foi apresentada a nenhum outro concurso com decisão pendente.x
- Os documentos que fazem a prova documental devem ser enviados num único ficheiro comprimido.